Duas palavras apenas
Para dizer a verdade
Nesse lenço que me acenas
Eu sinto toda a vaidade
Não se acena para o vento
Nem se acena p’ra ninguém
E nesse dito momento
Eu sinto que sou alguém
Não me importo de cair
De levantar-me outra vez
Assim eu me posso rir
Do mal que a vida me fez
Se o sonho alimenta a vida
Lá me vou alimentando
Numa alegria fingida
Sou felizardo sonhando
segunda-feira, 16 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Quem te arranca, emigrante?
Quem te arranca, emigrante,
Ao calor da terra berço?
Rumando ao mundo distante,
Virando a vida ao avesso?
Levando recordações
Do que ficou na distância
Lares, terras, tradições
Caminhos de tua infância
Por que abandonas teu ninho
E os que te deram o ser,
Deixando atrás o carinho
De quem te viu crescer?
Porque o pão era duro
E pobre, a terra-mãe
Sentiste que teu futuro
Estaria mais além
Eis porque te foste embora
Em busca de um mundo novo
Levando por terras lá fora
As sementes de teu povo
Ao calor da terra berço?
Rumando ao mundo distante,
Virando a vida ao avesso?
Levando recordações
Do que ficou na distância
Lares, terras, tradições
Caminhos de tua infância
Por que abandonas teu ninho
E os que te deram o ser,
Deixando atrás o carinho
De quem te viu crescer?
Porque o pão era duro
E pobre, a terra-mãe
Sentiste que teu futuro
Estaria mais além
Eis porque te foste embora
Em busca de um mundo novo
Levando por terras lá fora
As sementes de teu povo
segunda-feira, 9 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
Sonho e realidade
Olho a caneta e papel
Lembra-me escrever
Mas falta-me que dizer
Há dias assim
Falo de ti?
Falo de mim?
Falo do mundo cruel?
Não sei o que fazer
Pasmado ao meio da rua
Pensando, dei um salto
Pensamento voa alto
E às vezes nem pára
Sonhando coisa rara
Minh’ alma toda nua
Contemplava aquela lua
A sonhar dei um salto
No meio daquela rua
A pensar que sim
A pensar que não
Pensando cá p’ra mim
Não pensar em vão
Depois pensei assim
Partindo não se parte
Se temos amor e arte
Num pensamento são
Sonho, realidade
Fantasia, pensamento
Esfumados pelo vento
Nesta meia verdade
Na vivência dum dia
Que a ser não seria
Uma ténue saudade
De andar tão lento
Repelem-se mutuamente
Nesta constante verdade
Duas forças opostas
De qu’ eu gosto e tu gostas
O sonho e a realidade
Lembra-me escrever
Mas falta-me que dizer
Há dias assim
Falo de ti?
Falo de mim?
Falo do mundo cruel?
Não sei o que fazer
Pasmado ao meio da rua
Pensando, dei um salto
Pensamento voa alto
E às vezes nem pára
Sonhando coisa rara
Minh’ alma toda nua
Contemplava aquela lua
A sonhar dei um salto
No meio daquela rua
A pensar que sim
A pensar que não
Pensando cá p’ra mim
Não pensar em vão
Depois pensei assim
Partindo não se parte
Se temos amor e arte
Num pensamento são
Sonho, realidade
Fantasia, pensamento
Esfumados pelo vento
Nesta meia verdade
Na vivência dum dia
Que a ser não seria
Uma ténue saudade
De andar tão lento
Repelem-se mutuamente
Nesta constante verdade
Duas forças opostas
De qu’ eu gosto e tu gostas
O sonho e a realidade
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Ser madeirense
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