terça-feira, 10 de maio de 2011

Quem te arranca, emigrante?

Quem te arranca, emigrante,
Ao calor da terra berço?

Rumando ao mundo distante,
Virando a vida ao avesso?

Levando recordações

Do que ficou na distância
Lares, terras, tradições
Caminhos de tua infância

Por que abandonas teu ninho
E os que te deram o ser,

Deixando atrás o carinho

De quem te viu crescer?

Porque o pão era duro
E pobre, a terra-mãe
Sentiste que teu futuro
Estaria mais além

Eis porque te foste embora

Em busca de um mundo novo
Levando por terras lá fora
As sementes de teu povo

2 comentários:

  1. Você prima pela forma, pela rima, pelo cuidado ao escolher as palavras. Embora meu estilo seja oposto ao seu, gostei bastante de seu blog que ainda está no início e espero que continue por muito tempo ainda.

    Um abraço.

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  2. Dizer muito em poucas palavras,
    uma das qualidades deste poema,
    directo e acessível.
    Boa letra para uma canção.
    Um abraço

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